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Reservas naturais do Paraná são selecionadas para receber Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)

Áreas escolhidas foram as que atenderam todos os requisitos do edital

As dez Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN) do Paraná, melhores classificadas no edital, foram selecionadas para receber o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), um instrumento econômico que busca bonificar financeiramente proprietários de áreas que conservam a natureza.

O primeiro passo para recebimento do apoio financeiro a assinatura de um Termo de Compromisso com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), realizada em dezembro de 2018. Ao todo, serão destinados mais de um milhão de reais, oriundos do Fundo Estadual de Meio Ambiente. Neste edital, cada proprietário receberá entre R$ 10 mil à R$ 50 mil, de acordo com as características de cada reserva, mensuradas e pontuadas pelo edital.

Entre as RPPN selecionadas, quatro delas receberam contribuições do Programa de Desmatamento Evitado (PDE), executado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) – Uru, na Lapa; Sonho Meu I e Sonho Meu II, em Tibagi; e Antenor Rival Crema, em Bocaiúva do Sul. Há 15 anos, o PDE proporciona que propriedades bem conservadas na Mata Atlântica sejam adotadas por empresas interessadas em investir na conservação do patrimônio natural. O Programa também é responsável por auxiliar na elaboração do Plano de Manejo das áreas, um dos critérios usados para a seleção das reservas contempladas pelo edital.

Segundo Marcelo Bosco, coordenador do Projeto, a atuação do PDE nessas propriedades foi um elemento essencial para que, agora, elas possam receber esse apoio. “Essas áreas são responsáveis pela manutenção dos serviços ecossistêmicos, como a regulação climática e o fornecimento de água limpa, essenciais para a qualidade de vida da população. O Plano de Manejo é de extrema importância para a gestão da propriedade, e necessita estar homologado pelo órgão ambiental para que a RPPN esteja apta a receber o recurso”, explica.

As outras seis RPPN selecionadas estão localizadas em Curitiba: o Bosque da Coruja, Caxinguelê, Genorasso, Refúgio do Jacu e Umbará. A maior parte delas também contaram com o apoio de outro projeto executado pela SPVS: o Condomínio da Biodiversidade (ConBio), realizado desde o ano de 2000 na Região Metropolitana de Curitiba. A fim de engajar a população para a conservação da biodiversidade em ambientes urbanos e periurbanos, a equipe do Programa visita propriedades particulares com vegetação nativa e orienta proprietários sobre boas práticas de manejo e criação de RPPN.

O ex-secretário estadual do Meio Ambiente, Antonio Carlos Bonetti, durante o evento de assinatura do Termo de Compromisso, destacou a iniciativa desses proprietários e a atuação conjunta com o Estado. “O que vocês proprietários fazem é uma atitude muito nobre. Muitas pessoas não entendem, questionam, mas ações como essas são extremamente importantes, especialmente em áreas urbanas. Sabemos que estamos no caminho certo, contribuindo para a qualidade de vida da nossa cidade”, ressaltou.

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