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Reservas naturais servem de laboratório para estudantes e pesquisadores

Os resultados das pesquisas científicas desenvolvidas nas reservas naturais da SPVS são apresentados durante Encontro Técnico

No dia 06 de dezembro, a SPVS promoveu no Centro de Educação Ambiental (CEA), o Encontro Técnico 2018. O evento reuniu parceiros técnico-científicos e a equipe que trabalha nas três reservas naturais mantidas pela SPVS no litoral paranaense – Reserva Natural Guaricica, Papagaio-de-cara-roxa e das Águas. O principal objetivo do encontro foi oportunizar a apresentação dos resultados alcançados com as pesquisas científicas desenvolvidas nas reservas e promover a integração entre os pesquisadores e a equipe.

Nos últimos 17 anos, as reservas naturais da SPVS já acolheram o desenvolvimento de mais de 100 pesquisas nas mais diversas áreas. As áreas integram o maior remanescente contínuo do bioma Mata Atlântica, que mantém preservada a maior biodiversidade do planeta. Além da proximidade com Curitiba, os pesquisadores encontram ainda uma infraestrutura completa para os trabalhos de campo, que inclui alojamento, refeitório, sala de trabalho com acesso à internet e trilhas mapeadas para monitoramento.

Na abertura do evento, Reginaldo Ferreira, coordenador das reservas, reforçou que o desenvolvimento das pesquisas contribui para a gestão das áreas “a partir dos resultados alcançados com estes estudos conseguimos definir melhores estratégias para manejo das reservas” explicou. “Ainda há muito a ser descoberto sobre as áreas naturais. Poder contar com este apoio técnico é muito importante. Além disso, a divulgação das descobertas contribui para que a sociedade valorize o patrimônio natural mantido nesta região”.

Durante o encontro, o professor e pesquisador da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Ângelo Parise Pinto, relembrou que este é o décimo ano consecutivo que os alunos da matéria Biologia de Campo, ofertada pela UFPR, tem a oportunidade de visitar as reservas. Neste contexto, mais de 1.200 alunos puderem aproveitar do conhecimento proporcionado pela manutenção das áreas conservadas.

O professor Alessandro Ângelo, da Universidade Federal do Paraná – UFPR, reforçou que as pesquisas em áreas naturais contribuem também para o desenvolvimento pessoal desses estudantes. “Muitos nunca tiveram a oportunidade de experimentar o convívio com a natureza, principalmente neste nível de conservação. Eles têm uma oportunidade única de desenvolvimento técnico e pessoal”.

Além da qualidade das áreas naturais, Caio Pamplona, pesquisador da UFPR e representante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, mencionou a contribuição dos auxiliares das reservas para o desenvolvimento das pesquisas “Eles são os maiores capacitadores que existem. O conhecimento deles é impagável”. Também ressaltou a importância desta equipe ser formada for moradores do entorno das unidades de conservação “Além de conhecerem as condições climáticas, por exemplo, já estão acostumados a elas e também aos hábitos locais. O que facilita e contribui imensamente com nossas atividades em campo”, explicou.

A professora Márcia Marques, responsável pelas atividades do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), desenvolvido nas reservas desde 2013, relembrou que este contexto favorável à pesquisa já proporcionou a identificação de mais de mil espécies de plantas na região, o registro de novas espécies de animais e a avaliação de melhores técnicas e métodos de restauração florestal, por exemplo.

Outros estudos e importantes contribuições foram apresentados durante o encontro e serão divulgados pela SPVS. Os resultados detalhados das pesquisas também estarão disponíveis nos próximos meses por meio de uma cartilha que será publicada no website da SPVS.

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