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Cartilha sobre Lagamar Paranaense destaca vantagens de aliar atividades agrícolas a agrofloresta

Atualizado: 13 de set. de 2023

Para ser elaborado, o material, de acesso gratuito, teve apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade e fornece informações sobre planejamento da propriedade rural familiar, técnicas de restauração ecológica e dá detalhes sobre as vantagens dos Sistemas Agroflorestais


O Dia Mundial da Conservação da Natureza, lembrado em 28 julho, foi a data escolhida para a SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) lançar a coleção de e-books “Restaurando vidas no Lagamar Paranaense”. O Lagamar fica entre os estados do Paraná e São Paulo e é rico em água salgada, importantes remanescentes florestais de Mata Atlântica, manguezais e em cultura caiçara. A região é muito valiosa em termos de biodiversidade e se forma pela junção da Mata Atlântica, do Mangue e de Ilhas.

Cartilha sobre Lagamar Paranaense

A água do mar, que penetra por diferentes canais presentes no Lagamar, recebe água doce de centenas de rios que nascem na Serra do Mar circundando todo o conjunto, e formando um ambiente bastante propício à criação da vida marinha. A região é importante também no território da Grande Reserva Mata Atlântica, que reúne quase três milhões de hectares de Mata Atlântica, em um gigantesco corredor ecológico que passa pelos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.


A coletânea de cinco volumes pode ser acessada gratuitamente e traz informações sobre a região do Lagamar Paranaense, como suas características, riquezas naturais, singularidades e necessidade de proteção.


Vol. III - Agroecologia


O material foi desenvolvido pela SPVS, com o apoio financeiro do projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica, do FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade), realizado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) – que se propõe a restaurar cerca de 900 hectares de Mata Atlântica no estado do Paraná, nos limites das Reservas Naturais da SPVS, sendo 720,8 em RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) já constituídas dentro das Reservas Naturais da SPVS e 165,5 em áreas ainda não consolidadas como Unidades de Conservação, mas que estão compreendidas nos limites das Reservas.


O projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica é do governo brasileiro, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no contexto da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, no âmbito da Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima (IKI) do Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança Nuclear da Alemanha (BMUB), com apoio financeiro através do KfW Entwicklungsbank (Banco Alemão de Desenvolvimento), por intermédio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO.


Com as cartilhas, a expectativa da ação é que os materiais possam fornecer a pessoas interessadas informações sobre planejamento da propriedade rural familiar, técnicas de restauração ecológica e detalhes sobre as vantagens dos Sistemas Agroflorestais, os SAFs, por exemplo. Eles são sistemas que associam a presença de vegetação com culturas agrícolas e, às vezes, animais, e se preocupa com a saúde e recuperação vegetal e do solo. As técnicas dos SAFs levam em conta a inteligência no uso da terra, capaz de conciliar a conservação da biodiversidade com a produção de alimentos.


Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS, lembra que existe uma possibilidade concreta de transformar as áreas de uso intensivo inseridas no interior da área da Grande Reserva Mata Atlântica, em geral, onde são desenvolvidas atividades de baixo valor agregado e que acabam gerando uma série de impactos ambientais, em usos alternativos que conciliem a boa conservação com a geração de renda acima das práticas convencionais.


“Os sistemas agroflorestais, que podem fazer parte de políticas regionais de produção, com o necessário amparo de atores públicos e privados, representam uma forma compatível com a proteção da região e, ao mesmo tempo, são capazes de fornecer melhorias na qualidade de vida das comunidades locais”, destaca.


As cartilhas, todas ilustradas, também fornecem conhecimentos sobre comercialização dos produtos de SAFs, associativismo, cooperativismo e dados sobre as certificações desse mercado associado à cadeia produtiva da restauração ecológica.


A proposta do material é, sobretudo, colaborar, de forma didática e ilustrativa, com técnicos e moradores da região de Mata Atlântica, no litoral paranaense, que querem saber mais sobre o tema de conservação da natureza, adequando sua propriedade rural e aperfeiçoando as atividades produtivas em suas áreas para “produzir natureza”, por meio da associação das ações de restauração florestal e das vantagens dos Sistemas Agroflorestais.


Conheça mais sobre o projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica, do FUNBIO, que viabilizou a criação do material, clicando AQUI.



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