Colaboradores da Posigraf vivenciam práticas de conservação da biodiversidade na Mata do Uru
- Leticia Queiroz
- 1 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 27 de ago.
Ciclo de imersões levou cerca de 250 pessoas à RPPN Mata do Uru e reforçou a importância do pioneirismo da Posigraf no apoio a ações de conservação da biodiversidade e na conquista da Certificação LIFE

Foto: Reprodução
De setembro até a primeira quinzena de outubro de 2024, colaboradores da Posigraf, empresa do Grupo Positivo, participaram de um ciclo de imersões na RPPN Mata do Uru, na Lapa (PR). A reserva é um importante contínuo de áreas naturais protegidas de Floresta com Araucária em meio a propriedades que mantêm expressivos remanescentes naturais.
A iniciativa reforçou a parceria de mais de 20 anos que envolve a Posigraf, a família Campanholo (proprietária da área) e a SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental), na primeira iniciativa do Brasil envolvendo Pagamento por Serviços Ambientais.
Um modelo pioneiro de parceria
Em 2003, a Posigraf se tornou uma das principais empresas brasileiras a adotar formalmente uma área natural bem conservada para a conservação. A decisão deu origem ao modelo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que viabiliza, até hoje, o manejo e a proteção da Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata do Uru.
Todos os anos, a empresa destina recursos à família Campanholo, permitindo a implementação de ações respaldadas pelo plano de manejo da área, as quais garantem a conservação da floresta em alta qualidade. A SPVS atua como facilitadora desse processo, coordenando e monitorando as ações de proteção realizadas.
O PSA funciona como um reconhecimento financeiro aos proprietários que optam por conservar a natureza em suas áreas privadas. Essa conservação assegura serviços ecossistêmicos essenciais, como a proteção de mananciais, o equilíbrio climático a partir da manutenção dos estoques de carbono, a conservação da biodiversidade e o fornecimento de água limpa para a sociedade.
“As ações de Pagamento por Serviços Ambientais são exemplos de como a iniciativa privada pode se engajar de forma estruturada na conservação da biodiversidade. Esse mecanismo oferece um modelo de governança que dá segurança ao proprietário, garante a perenidade das ações e fortalece o papel das RPPNs na manutenção da biodiversidade”, explica Natasha Choinski, analista de processos ambientais da SPVS.
Experiência transformadora para os colaboradores
As imersões reuniram cerca de 250 pessoas que trabalham na Posigraf e tiveram a oportunidade de conhecer de perto a biodiversidade da Mata do Uru e compreender a relevância do trabalho de conservação desenvolvido na RPPN, principalmente a estratégia da Posigraf em inserir biodiversidade em seus negócios gerando economia e valor agregado a seus produtos.
Entre as atividades, os participantes percorreram a Trilha das Araucárias, participaram de momentos de sensibilização sobre a importância da Floresta com Araucária e realizaram ações simbólicas por meio do plantio de araucárias e podocarpus – pinheiro bravo, espécies nativas da região.
“Essa experiência é fundamental porque permite que as pessoas entendam na prática o valor da biodiversidade e percebam como a conservação está conectada ao bem-estar humano e aos negócios. Ao envolver os colaboradores da Posigraf, conseguimos aproximar a sociedade dos desafios e das soluções para proteger ecossistemas únicos como a Floresta com Araucária”, destaca Natasha.
Biodiversidade como parte da estratégia ESG
A iniciativa também ressaltou a importância da Certificação LIFE, que reconhece empresas que integram a conservação da biodiversidade em suas estratégias de gestão socioambiental. A Posigraf foi a primeira indústria gráfica brasileira a receber essa certificação, em 2014, reforçando seu compromisso de adotar práticas que vão além da responsabilidade socioambiental tradicional, incorporando a proteção da natureza como parte de sua atuação na gestão ambiental corporativa.
Ao aproximar seus colaboradores da Mata do Uru, a Posigraf reafirma seu compromisso com a busca pela sustentabilidade, mostrando como empresas podem ir além de práticas pontuais e integrar a conservação da biodiversidade como eixo estratégico de negócios.
Além de representar uma demonstração efetiva de colaboração com o bem-estar de toda a sociedade, a iniciativa gera um amplo conjunto de ganhos para a empresa e para seus investidores, que comprovam seu comprometimento junto a toda a sua cadeia de relacionamentos, incluindo funcionários, clientes e fornecedores.
Inspiração para o futuro
Mais do que um exercício de responsabilidade corporativa, o ciclo de imersões demonstrou que o contato direto com áreas naturais gera experiências transformadoras.
“Esse tipo de vivência é fundamental para aproximar a sociedade da conservação e fortalecer modelos de parceria que unem empresas, proprietários rurais e organizações da sociedade civil em torno de um objetivo comum: garantir a manutenção da biodiversidade e de todos os seus serviços ecossistêmicos para as próximas gerações”, conclui Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS.
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